À conversa com os finalistas de 2018 - Sarin - nem lixívia nem limonada
Antes de entrarmos nos nomeados de cada categoria, temos connosco a Sara, autora do blogue Sarin - nem lixívia nem limonada, que diz ter dificuldade em escrever sobre o Sapos do Ano (o que concordamos, visto ser do caraças!). E agradecemos, como a todos, pela participação e por tornarem tudo isto realidade, ano após ano.
Não é fácil ser finalista dos Sapos do Ano.
A campanha, os debates com a concorrência, os compassos de espera, a cerimónia de entrega e as roupas e as limusines e a ansiedade e os holofotes… tudo isso é fácil. E eu gosto. Gostaria mesmo sem tal aparato; ou talvez gostasse ainda mais, porque o que ficaria seria o gosto de saber que o que escrevo e como escrevo é apreciado pelos meus pares. Sim, esta parte é boa e vivê-la é fácil.
Mas no ano seguinte torna-se difícil porque somos convidados a fazer um texto. Ao que, claro, não nos podemos furtar. Fazer um texto sobre os Sapos do Ano e sobre o nosso blogue. E descobrimos que a dificuldade não é uma, mas duas.
Primeira dificuldade: Escrever sobre os Sapos do Ano.
O que há para dizer que ainda não tenha sido dito escrito sentido? Por outros, pelos próprios, por mim? E como dizê-lo de forma original, digna do evento e, como ele, envolvente? Agradecer o trabalho da Magda e do David é muito pouco, dizer ser enriquecedor navegar pela comunidade é insuficiente…
Segunda dificuldade: Escrever sobre os Sapos do Ano.
É como fazer resumos de livros: qualquer um os faz. Melhores ou piores, há resumos para crianças e resumos para totós e resumos para estudantes (estudantes?) e resumos porque sim, há resumos para todos os gostos e o problema não é a quantidade nem a qualidade do resumo. O problema é o resumo não ser o livro!
Posso dizer-vos como é bom participar e como é difícil votar nos Sapos do Ano, mas só perceberão mergulhando neste lago imenso. Venham daí! E boas descobertas!
Ah, sim, parece que tenho de falar do meu blogue… Não vai ser possível. O meu blogue não é blogue de que se fale, é blogue onde se fala. Da humanidade, da cidadania, da sociedade, da língua que falamos, do que apetecer. E de ideias, das minhas e das de quem visita e por lá fica na conversa. Aliás, nem é bem blogue, nasceu ao engano e é assim como que um burgo com ruas que ramificam por obra de quem está e graça de quem aparece. O melhor será visitar e tentar perceber.